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Artigo 16 min read

Análise de concorrência: 5 atalhos + 7 ferramentas práticas

Por Zendesk

Última atualização em 20 Abril 2023

análise de concorrência

Se você já está acostumado com o mundo corporativo, sabe como a concorrência é boa. Afinal, é ela que faz a gente se mexer. E crescer! Mas de nada adianta saber disso se sua empresa não conhece, de fato, quem é seu competidor – e o que ele faz, muitas vezes, melhor do que você. É por isso que a análise de concorrência é tão importante.

Com ela, você alia estratégia, tecnologia e informação – a fórmula perfeita para agir com mais consciência num mundo cada vez mais acirrado, que não para de evoluir. Isso envolve, claro, ser melhor do que os concorrentes – mas também oferecer boas experiências para seu cliente.

Continue conosco, porque, na matéria de hoje, falaremos em detalhes o que é análise de concorrência e explicaremos porque é importante fazer uma. Além disso, você vai aprender os 5 passos principais que deve seguir para ter sucesso na estratégia. De quebra, traremos 7 ferramentas indispensáveis para você considerar na hora de analisar o mercado.

Pronto para aprender mais sobre esses assuntos? Então, boa leitura!

O que é análise de concorrência?

Análise de concorrência é a prática de monitorar os concorrentes, que são aquelas empresas que oferecem produtos e serviços similares aos seus. 

São muitos os aspectos que devem ser considerados em uma análise. Dentre eles, podemos citar: o preço, a gestão do negócio, a experiência que o cliente tem, o atendimento, a qualidade dos serviços oferecidos, dentre outros pontos.

Fazer essa análise é fundamental, pois possibilita ao gestor identificar riscos e oportunidades que podem prejudicar ou impulsionar as vendas do seu negócio.

Por que é importante fazer uma análise de concorrência?

Porque esse estudo, também conhecido como análise de mercado, faz um levantamento de informações valiosas tanto dos seus competidores diretos quanto do clima mercadológico – e deve ser parte fundamental do seu planejamento estratégico. 

Com a análise, você consegue ter insights sobre o que fazer e o que não fazer (devido às oportunidades e ameaças do segmento), bem como no que é necessário melhorar para continuar oferecendo boas experiências ao seu cliente.

Em outras palavras, a análise de concorrência ajuda na sua tomada de decisão – para que os impactos sejam previstos com o máximo de antecedência e clareza possível.

Além do mais, você e sua equipe podem direcionar esforços para identificar as carências do mercado (que seus concorrentes não conseguem suprir) – e, consequentemente, inovar cada vez mais.

Estabelecendo objetivos e prioridades

Antes de realmente começar a analisar sua concorrência, é ideal você definir o seu objetivo. É aumentar as vendas, conquistando novos clientes? Melhorar o seu posicionamento na mente do consumidor? Ou, quem sabe, ser reconhecida como a melhor empresa dentro do seu segmento?

Uma vez que essa meta é claramente exposta, podemos passar para os próximos passos – e começar, de uma vez por todas, a estruturar a sua análise.

Como fazer análise da concorrência? Exemplos e atalhos

Agora que você aprendeu o que é análise de mercado, vamos ao que mais interessa na matéria de hoje. Separamos 5 hacks fundamentais para você aplicar na prática. Confira! 

1. Entenda quem são seus concorrentes primários e secundários

Nem todas as empresas do mesmo segmento são, efetivamente, concorrentes. Isso varia muito em relação ao tamanho, linha de produtos ou serviços comercializados, área de abrangência, público atendido e diferenciais competitivos.

Falaremos melhor sobre esses critérios no tópico seguinte, mas segue a primeira dica: faça uma lista com todos os possíveis concorrentes. Depois, é só eliminar os que não forem realmente relevantes num primeiro momento – e incluí-los em uma segunda leva, chamada de concorrentes secundários.

2. Defina os critérios que serão pesquisados

Com base nos objetivos que você já encontrou anteriormente, em conjunto com o conhecimento sobre os concorrentes prioritários, agora é hora de determinar quais critérios entrarão na análise de concorrência. Ou seja, o que vai procurar saber sobre cada competidor.

Esse passo é importantíssimo, porque não dá para saber exatamente tudo sobre cada concorrente (a não ser que você pergunte diretamente para ele). A dica é que você estabeleça alguns pontos de mais fácil reconhecimento, como:

  • o tamanho da empresa (em número de funcionários);
  • a fatia de mercado (o famoso market share) dentro de uma região;
  • os diferenciais percebidos pelo consumidor;
  • a presença dos concorrentes nas mídias digitais e offline;
  • a política de preços;
  • a qualidade de atendimento;
  • as principais marcas vendidas em cada local.

3. Use ferramentas para análise de concorrentes

Antigamente, as pesquisas de mercado exigiam um altíssimo conhecimento técnico – e era necessário contratar uma empresa para terceirizar essa análise. O fato é que o mundo mudou (e a transição digital chegou para tornar as coisas um pouco mais simples).

Por falar nisso, os investimentos em ferramentas tecnológicas são urgentes! No nosso Relatório de Tendências da Experiência do Cliente, 50% dos líderes de empresas disseram que a adoção de tecnologias digitais foi acelerada em 1 a 3 anos, por conta da pandemia.

Ok, para analisar a concorrência, você até pode optar pelo método, digamos, offline. Mas, diante de tudo isso, hoje você pode contar com diversas ferramentas digitais (muitas delas gratuitas no plano básico). Vamos conhecer as principais?

3.1. Reclame Aqui

O Reclame Aqui é uma das ferramentas mais conhecidas – e intuitivas – para realizar uma análise de concorrência. Isso porque lá estão as principais reclamações dos consumidores em relação a uma empresa (além da velocidade de resposta e da avaliação geral).

Ao contrário do que muitos imaginam, ter um perfil no Reclame Aqui não é um ponto negativo. Afinal, as críticas vão aparecer – mas, com certeza, darão a oportunidade para a companhia ser melhor.

Lá você pode fazer uma busca pelo seu concorrente e entender quais são as forças e as fraquezas dele. Além disso, você tem uma base bem relevante da satisfação dos consumidores – e pode identificar oportunidades aí.

3.2. Google Alerts

O Google não ia ficar de fora dessa lista! Com o Alerts, você pode monitorar o que é falado na internet sobre determinado assunto. Para usar, é só definir uma frase (por exemplo, “qualidade de atendimento + nome do concorrente”) e receber os “alertas” da plataforma a cada nova menção.

3.3. SEMRush

Partindo para a parte mais técnica das buscas feitas na internet, o SEMRush reúne vários dados interessantes sobre SEO (isto é, um conjunto de técnicas de marketing digital que define se o site da empresa aparece ou não nas primeiras posições dos mecanismos de busca, de forma orgânica).

O SEMRush oferece um panorama completo sobre o site dos seus concorrentes, como as palavras orgânicas (e pagas!) que eles usam, os links mais acessados e o tráfego que eles têm no site.

3.4. UberSuggest

Outra ferramenta para análise é o UberSuggest, que permite que você coloque o site do seu concorrente e tenha relatórios bem significativos sobre ele. 

Por exemplo, quais backlinks (sites de outras empresas que estão mencionando a página do concorrente em questão) – estão trazendo bom tráfego.

No mais, você tem acesso aos gráficos de palavras-chave mensais e à quantidade de acessos. Além de ser ótima para a análise da concorrência, essa é uma boa forma de ter insights para o seu próprio blog/site.

3.5. Ahrefs

O Ahrefs também foca bastante nos backlinks, mas o grande benefício dessa ferramenta são as informações sobre autoridade de domínio. Você sabe do que se trata? Esse indicador posiciona, de 0 a 100, cada site dentro de um nicho – e mostra o quão relevante eles são para o seu consumidor.

3.6. Social Mention

Como você bem sabe, as redes sociais são fundamentais para qualquer empresa hoje em dia. E o Social Mention age justamente nesse quesito – mostrando quantas menções seus concorrentes tiveram nas redes sociais. Além do mais, a ferramenta traz dados sobre a satisfação do cliente com as marcas.

3.7. Moat Ad Search

A propaganda é a alma do negócio – do seu e dos seus concorrentes. E uma etapa bem interessante para avaliar sua concorrência é saber que tipo de propaganda eles fizeram – no presente e no passado. 

O Moat Ad Search faz essa busca completa, trazendo uma série de anúncios digitais nos últimos anos. A ferramenta é muito fácil de usar: é só você filtrar pela marca para acessar o conteúdo.

Por mais que a plataforma não consiga atingir todas as empresas (principalmente as pequenas e médias), é muito útil para você entender o que está sendo falado no seu segmento.

4. Monte sua matriz SWOT

Uma vez que você já entendeu os pontos fortes e fracos dos seus competidores, bem como os riscos e as possibilidades de evolução do mercado no geral, é hora de fazer uma análise dentro da sua própria empresa.

Talvez você já conheça os parâmetros da análise SWOT (forças e fraquezas internas + oportunidades e ameaças externas). O fato é que ela é importantíssima aqui, pois faz com que você entenda em que estágio o seu negócio se encontra – e, depois, consiga relacionar com as informações dos seus concorrentes.

Por exemplo, será que os pontos fortes deles são realmente superiores aos seus? Ou, quem sabe, os pontos fracos deles sejam exatamente os mesmos que os da sua empresa?

Enfim, a dica é ser realista na matriz SWOT e listar todos os pontos referentes ao seu negócio. Em seguida, você pode partir para a última etapa da análise de concorrência!

5. Reúna todos os dados e leve o resultado para sua equipe

Por fim, depois de coletar as informações sobre seus competidores – e de ter elaborado a SWOT da sua companhia –, chegou o momento de organizar os dados em um único documento. Ou seja, uma tabela de análise de concorrentes.

É mais fácil do que parece, pois você pode fazer isso em uma planilha do Excel. Veja, abaixo, um exemplo de análise de concorrência.

Análise de concorrência
Depois de estruturar essa tabela, é hora de mostrar para as equipes que você achar relevantes – como as de vendas, compras e atendimento ao cliente. 

O que fazer após a análise de concorrência?

Agora que você fez o estudo de mercado e dos concorrentes, o trabalho acabou. Certo? Errado! É preciso usar as informações para promover o crescimento contínuo.

A boa notícia é que, durante a construção da análise de concorrência, você provavelmente terá novos insights – o que abre portas para sua empresa inovar.

Quer ver algumas dessas ideias?

Use a estratégia do oceano azul

Esse conceito de negócios foi criado por Renée Mauborgne e W. Chan Kim e consiste numa analogia bem interessante. Imagine que você e seus concorrentes são peixes nadando no mesmo oceano. 

Com tanta briga por espaço (e pela pouca comida disponível), essa parte do oceano fica tão carregada de “sangue” que se torna vermelha. Ou seja, são concorrentes trabalhando do mesmo jeito, gastando todos os esforços nos mesmos clientes e esperando resultados diferentes.

A grande sacada desse conceito é entender que existe uma região do oceano ainda inexplorada, que parece paradoxalmente ameaçadora e recheada de oportunidades. É o oceano azul!

Na prática, o conceito quer dizer que o peixe que abandonar o oceano vermelho rumo ao oceano azul será o pioneiro em uma nova fatia do mercado – que, muitas vezes, ainda nem existe.

Com tantas informações em mãos sobre o mercado (e conhecendo cada força e fraqueza dos seus concorrentes), que tal você partir para esse oceano inexplorado? Por mais dificuldades que tenha, com certeza a inovação valerá a pena. Afinal, como bem disse Walt Disney, “eu gosto do impossível, porque lá a concorrência é menor.”

No fim das contas, mesmo que os outros peixes descubram esse oceano potencial, você chegou lá primeiro – e, talvez, seja tarde demais para eles.

Alie esse estudo com outras tecnologias

No artigo de hoje, falamos bastante sobre tecnologias, estratégias e organização. E já que você se acostumou a essa ideia de inovação na parte dos concorrentes, é importante pensar em promover avanços também no seu atendimento ao cliente. 

Isso porque, por mais que o foco da análise de concorrência seja entender como os seus rivais se comportam, a ideia final sempre será fornecer o melhor serviço possível para seus consumidores.

Pois saiba que existem soluções tecnológicas de suporte ao cliente que oferecem uma integração total com outros sistemas que você utilizar – e, ainda, geram relatórios para você trabalhar cada vez mais orientado por dados.

Bônus: como se destacar da concorrência no comércio eletrônico?

Como você viu no decorrer deste artigo, destacar-se dos concorrentes não é uma missão fácil, ainda mais quando falamos em e-commerce. Por isso, é tão importante fazer uma análise de concorrência.

Mas, além de fazer uma boa análise, é preciso também definir estratégias para você se diferenciar dos seus concorrentes no ambiente digital. Vamos a elas?

1 – Conheça a fundo o seu público-alvo

Ainda que pareça um pouco óbvio, é fundamental esclarecer que você precisa conhecer profundamente seu público-alvo para se destacar no mercado.

Descubra quais são os hábitos de compra, as necessidades que eles precisam suprir. Enfim, tente levantar o máximo possível de informações.

Só para citar alguns exemplos, levante qual é a idade do seu público, gênero, nível socioeconômico, atividades que exercem, locais que frequentam etc.

Se você tem uma loja de roupas, é preciso saber se o seu público é majoritariamente masculino ou feminino, a idade que possui, os interesses acerca de moda e afins.

Quanto mais informações você tiver, mais fácil será para satisfazer seu cliente, uma vez que você saberá exatamente o que ele procura em um produto.

2 – Esteja atento à sua plataforma

Pense o seguinte: sua loja virtual é muito parecida com sua loja física. Isso quer dizer que, quando você entra em uma loja física, tudo o que deseja é ser bem atendido, não é verdade?

O mesmo acontece em uma loja virtual. Se, ao acessar um site, você se defronta com um carregamento lento, ou, então, ele não possui um visual muito agradável, certamente acabará desistindo de carregá-lo.

Entenda que os clientes estão cada vez mais impacientes em relação a esperar o tempo de carregamento de um site. E o mesmo vale para os apps de celular.

Aliás, os aplicativos móveis estão sendo cada vez mais utilizados atualmente nas compras online. E você precisa desenvolver um bom app se quiser se destacar.

Faça um aplicativo que tenha uma interface leve, agradável e que converse com seu público-alvo. Esse é um grande passo para o sucesso.

3 – Diversifique as condições de pagamento

Segundo uma pesquisa da e-commerce na prática, no Brasil, 82% dos carrinhos de compra são abandonados. Esse é um índice bastante alto quando comparado ao resto do mundo, que tem um abandono médio de 69%, conforme a mesma pesquisa.

Grande parte desse abandono está relacionado ao momento de encerrar a compra. Seja pela falta do meio de pagamento desejado, por terem taxas surpresas, ou por qualquer outro motivo.

Por isso é tão importante diversificar os meios de pagamento para diminuir as taxas de abandono. Hoje em dia, existem muitas empresas intermediadoras das transações financeiras que ajudam nesse ponto.

Quanto mais alternativas seu cliente tiver no momento da compra, menores serão as chances dele abandonar as compras na prática.

4 – Mantenha uma boa comunicação

A comunicação também faz uma grande diferença. Logo, é vital oferecer para seu cliente muita clareza em todas as etapas de compras dentro do seu site.

Faça pesquisas para ouvir sempre o que ele deseja, e implante as melhorias que forem necessárias. Quanto mais rápido você responder as reclamações do seu cliente, melhor será a reputação da sua empresa.

Uma boa alternativa é disponibilizar um suporte via chat, antes, durante e depois das compras. No primeiro caso, você pode tirar as dúvidas sobre os produtos, serviços, entregas e até formas de pagamentos.

Muitas empresas, inclusive, estão deixando o chatbot como se fosse um verdadeiro atendente online para ajudar os consumidores em todas as etapas.

5 – Faça parcerias para oferecer exclusividade

Desenvolver parcerias é essencial para que seu cliente sinta-se exclusivo. Por exemplo, você pode não ter um produto para vender, pois não é interessante investir na produção ou compra dele.

Entretanto, outra empresa pode ter se aperfeiçoado na venda desse produto, e por que não aproveitar para oferecê-lo ao seu cliente? Essa é uma decisão que pode fazer uma grande diferença.

Em paralelo, você pode trabalhar com liquidações para se diferenciar. Aproveitar aqueles produtos parados em estoque e vendê-los a preço de custo para tentar levantar capital de giro.

6 – Ofereça bons conteúdos para seus clientes

Estamos vivendo uma Era em que os clientes além de bons produtos também buscam informações antes de consumir. Portanto, criar conteúdos de qualidade também é fundamental.

Você pode fazer isso através das suas redes sociais ou por meio de blogs. Por sinal, o blog é uma excelente opção para oferecer conteúdos e engajar os consumidores.

Essa é uma maneira, inclusive, de trazer consumidores para seu negócio que ainda não estão preparados para efetuar o consumo, mas querem saber mais sobre o segmento ou assuntos relacionados. Isso ajuda a viabilizar vendas futuras.

7 – Dê valor a sustentabilidade

Por fim, um dos pontos muito importantes nos dias atuais é zelar pela preservação dos recursos naturais. Para resumir, é essencial ser responsável e transparente em relação aos seus produtos, embalagens etc.

Procure estabelecer parcerias com fornecedores comprometidos com o meio ambiente, e tenha responsabilidade social. Tudo isso é analisado pelo seu cliente na hora que ele decide comprar um produto ou serviço.

Quando você mostra esse comprometimento ambiental e social, bem como transparência nas suas ações, certamente vai atrair cada vez mais clientes para o seu negócio.

O que achou deste conteúdo?

Esperamos que você tenha aprendido um pouco mais sobre análise de concorrência! 

Para sintetizar tudo em uma só frase, o importante é compreender que: quanto mais consciência do seu concorrente você tiver, mais você entenderá sobre o seu próprio negócio.

E agora, que tal fazer uma demonstração com o software de suporte ao cliente da Zendesk? Como mencionamos no decorrer do artigo, essa pode ser mais uma ferramenta muito relevante para a organização da sua empresa.

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