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Qual a diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa? Veja!
Por Zendesk
Última atualização em 16 fevereiro 2023
Muitos empreendedores têm dificuldade em entender qual a diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa, uma vez que ambas são métodos complementares. Mas, definitivamente, não são iguais.
De modo geral, quando combinadas, elas podem trazer resultados mais aprofundados e abrangentes para seu negócio. Isso faz com que a tomada de decisão tenha um embasamento muito mais profundo.
Por isso, saber qual a diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa possibilita a criação de estratégias para coletar e compilar os dados. Neste post, vamos entender melhor essas metodologias e como fazer cada uma das pesquisas.
Mas qual a diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa?
Uma das dúvidas muito comuns dos empreendedores é: como saber se o estudo é qualitativo ou quantitativo? E, antes de mais nada, vale esclarecer que há uma clara diferença entre um método e outro.
Em linhas gerais, a pesquisa quantitativa usa uma metodologia baseada em números, cálculos matemáticos e métricas, ao passo que a qualitativa tem um caráter mais subjetivo. Mas o que isso significa?
Nesse sentido, os resultados de uma pesquisa qualitativa não são capazes de mostrar números concretos, mas sim ideias e experiências individuais dos entrevistados. E, quando são combinadas, temos o método quali-quantitativo.
Logo abaixo, vamos entender melhor qual a diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa.
Pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa é aquela que usa uma metodologia baseada em dados, ou seja, números, métricas e cálculos matemáticos. Esse é um estudo capaz de quantificar um resultado.
Dessa forma, os dados podem ser traduzidos de forma numérica, em um percentual. E, como essa pesquisa permite respostas mais objetivas, ela é mais fácil de ser interpretada.
Vamos considerar um exemplo. Imagine que sua empresa queira saber o grau de satisfação de um atendimento. Se a pergunta for aberta, as respostas serão as mais variadas possíveis.
Porém, se a pergunta for: “Em uma escala de 0 a 10, qual o seu grau de satisfação em relação a esse atendimento?”, ficará fácil encontrar um número assertivo. E, consequentemente, a liderança poderá pensar em uma melhoria para o atendimento.
Geralmente, a pesquisa quantitativa tem perguntas fechadas, devido à compilação mais rápida dos dados que se traduzem em informações preciosas. Vale dizer que o método é capaz de identificar preferências, comportamentos e tendências entre os consumidores.
Pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa, por outro lado, tem um caráter mais subjetivo. Isso significa que seu resultado não mostra números concretos, mas experiências individuais dos leads ou suas ideias.
Nesse caso, são usadas as questões abertas, sendo que os dados são obtidos no formato de palavras, ideias e, ainda, concepções. O foco não é identificar percentuais, mas sim encontrar a motivação por trás de um determinado comportamento ou preferência.
Por isso, podemos dizer que ela apresenta uma abordagem mais profunda. A propósito, é importante frisar que, por se tratar de uma pesquisa na qual a compilação de dados é um pouco mais complexa, a amostragem dela é menor do que a da pesquisa quantitativa.
Aliás, um dos pontos que chama a atenção da pesquisa qualitativa é que ela extrai alguns insights a partir da subjetividade do participante, indo além dos próprios números.
Quando usar o método quantitativo e qualitativo?
Enquanto a pesquisa quantitativa traz um panorama mais generalizado, a qualitativa colabora com detalhes, proporcionando uma perspectiva mais humana diante dos resultados.
Situações para usar a pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa é mais usada quando a empresa pretende lidar com a subjetividade do público-alvo. Afinal, o método permite entender melhor as motivações, os pensamentos, as opiniões e as ideias dos entrevistados.
Só para ilustrar: é possível descobrir até tendências através do método qualitativo. No entanto, tenha em mente que esse é um tipo de pesquisa flexível e versátil, mas também menos conclusiva.
Portanto, essa pesquisa pode ser usada para:
- encontrar uma necessidade específica do consumidor;
- saber qual é o comportamento de compra da persona;
- gerar mais entendimento sobre tendências de negócios;
- conhecer a linguagem preferencial do seu público-alvo.
Basicamente, as companhias optam por essa abordagem quando buscam respostas mais profundas e personalizadas, seja para validar um produto ou criar uma campanha de marketing.
Situações para usar a pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa deve ser mais usada ao buscar um objetivo numérico, estatístico ou percentual. Isto é, sem a necessidade de aprofundar as motivações que levaram a esse resultado.
Por conta dessa objetividade, ela pode ser aplicada a um maior número de pessoas, elevando assim a amostragem e, ainda, diminuindo o desvio padrão. Em vista disso, é necessário fazer uso de questões fechadas e não abertas.
Uma das grandes vantagens desse tipo de pesquisa é que os softwares ajudam na contagem dos dados. Por conseguinte, isso reduz drasticamente o trabalho humano, além de eliminar erros e retrabalho.
Seu uso pode ser voltado para validar uma hipótese estatisticamente, com base em dados concretos e confiáveis. Segundo os pesquisadores Capon e Rocha, é necessário considerar três questões para analisar se a pesquisa quantitativa é realmente a melhor alternativa. Confira!
- Os dados são capazes de medir o que a empresa deseja?
- Se for preciso repetir a coleta de dados, será possível obter os mesmos resultados?
- Esses resultados podem ser generalizados para outras populações?
Logo, esse tipo de pesquisa deve ser usada para a comprovação de uma hipótese e mensuração de uma tendência de consumo ou de conceitos que não são ambíguos.
Como equilibrar uma análise qualitativa e quantitativa?
Equilibrar os dados quantitativos e qualitativos é um verdadeiro desafio para as organizações. Até porque os dois modelos não entram em conflito entre si. Um bom exemplo disso é a pesquisa NPS (Net Promoter Score).
No caso, muitas empresas usam apenas duas questões, sendo uma fechada (quantitativa) e uma aberta (qualitativa) para saber sobre a qualidade de um produto ou atendimento.
Por exemplo, vamos imaginar que uma organização queira descobrir a opinião dos clientes sobre o serviço oferecido. Essa apuração pode acontecer por meio de questões similares às que elencamos abaixo.
- Em uma escala de 0 a 10, o quanto você está satisfeito com o serviço prestado?
- O que te motivou a dar essa nota?
Repare que a primeira questão é mensurável e cria um termômetro, à medida que a segunda permite entender o que levou à nota, gerando insights para a tomada de decisão.
Esse foi apenas um breve exemplo, mas, de maneira geral, equilibrar uma informação quantitativa e qualitativa requer o uso de perguntas abertas e fechadas na entrevista.
Como usar perguntas abertas e fechadas?
Para equilibrar as perguntas abertas e fechadas, o primeiro passo é perguntar-se porque você as escolheu? Ou seja, antes de iniciar uma pesquisa, é crucial definir seu objetivo e, assim, delimitar o formato ideal.
Primeiramente, é necessário definir o objetivo da pesquisa para então pensar em quantas questões abertas e fechadas ela terá. Em seguida, basta começar a elaborar as questões que gerem resultados, com foco no objetivo proposto.
Lembre-se que as questões fechadas são mais fáceis de serem transformadas em dados e as questões abertas são mais difíceis. Por essa razão, reflita sobre o processo de mensuração para conferir se a proposta corresponde à realidade.
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Como obter os dados qualitativos?
Obter dados qualitativos, conforme vimos, é um pouco mais complexo do que os dados quantitativos, que são mais fáceis de serem encontrados. Mas, a grosso modo, para levantar dados, a empresa pode optar por:
- realizar entrevistas com questões abertas;
- promover estudos de caso;
- ouvir opiniões de especialistas sobre o assunto;
- criar grupos de discussões;
- criar uma caixa de sugestões;
- promover uma pesquisa empírica através de observações.
Em suma, não se esqueça que a pesquisa qualitativa é muito pouco conclusiva, e por isso, nem sempre trará resultados concretos. A análise dos resultados também será subjetiva e interpretativa, logo, muitas organizações optam por mais questões fechadas do que abertas.
É melhor coletar dados quantitativos do que qualitativos?
Não há uma pesquisa que seja melhor do que a outra, visto que elas se completam. Por outro lado, as pesquisas quantitativas tendem a ser mais objetivas e, com isso, facilitam a tomada de decisão dos gestores.
Elas evitam, por exemplo, que um cliente possa vagar por uma questão respondendo de modo desconexo e até fugindo da pergunta central, o que gera mais trabalho na interpretação.
Outro ponto positivo de elencar informações quantitativas é a agilidade, fazendo com que mais pessoas estejam dispostas a respondê-las.
É só pensar no seguinte: quando você precisa responder 5 questões fechadas, é mais fácil se sentir encorajado do que responder 5 questões abertas. O mesmo acontece com seus clientes.
Como fazer uma pesquisa quantitativa e qualitativa?
Agora que já falamos quais são os tipos de pesquisa quantitativa e qualitativa, chegou o momento de colocar em prática esses dois modelos.
Tal como já citamos, o primeiro passo é definir o objetivo da pesquisa. Sem isso bem definido, não há como pensar no método, nem elaborar as questões.
Pesquisa quantitativa
No caso da pesquisa quantitativa, será preciso saber qual a hipótese será testada com ela. Por exemplo, se você quer lançar um novo produto e acredita que ele vai agradar os clientes, isso é uma hipótese.
A ideia aqui é testar se essa realmente é uma hipótese válida. E, como os respondentes da pesquisa precisam ter o perfil do seu consumidor, essa é a fase de selecionar a amostra. Ela pode ser feita através de:
- idade;
- gênero;
- renda;
- interesses;
- perfil de consumo.
Lembre-se de que a amostra precisa fazer sentido para a empresa. E, uma vez definida, será preciso refletir sobre como a pesquisa será aplicada. Em outras palavras, como os consumidores vão receber esse questionário? Pode ser via e-mail, Whatsapp, redes sociais e afins.
Outra questão é: o que motivará uma pessoa a perder tempo respondendo ao questionário? E, logo após pensar em tudo isso, é só partir para a construção das perguntas e aplicação da pesquisa.
Uma vez aplicada a pesquisa, é hora de escolher o melhor formato para a compilação dos dados. Será melhor através de tabelas ou gráficos? E, depois de compilados, é só gerar a interpretação.
Pesquisa qualitativa
A aplicação de uma pesquisa qualitativa é bem próxima, até porque você parte do problema para gerar a amostra. No entanto, como a compilação de dados é mais complexa, deve-se gerar um número menor de amostragem.
É comum gerar primeiro uma pesquisa quantitativa (o método anterior) e notar que surgiram dois grupos distintos nela. Então, você seleciona um percentual de cada grupo para aprofundar o conhecimento com uma pesquisa qualitativa.
Também deve-se definir o método da pesquisa, as perguntas que serão feitas e como ela será compilada para a interpretação dos dados.
Um lembrete: a pesquisa quantitativa é mais indicada para a validação de um produto ou serviço, ao passo que a pesquisa qualitativa ajuda a compreender as motivações do consumidor.
O uso da tecnologia nas pesquisas quantitativas e qualitativas
Para que uma pesquisa gere os resultados desejados, é fundamental contar com um bom software para compilar esses dados com agilidade e assertividade. Antigamente, isso era feito na mão e, posteriormente, em planilhas de Excel.
Hoje em dia, já existem diversas plataformas que colaboram não só para a aplicação de pesquisa, como também para a compilação dos seus dados. E um desses softwares é o Zendesk Service.
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