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Artigo 11 min read

4 etapas do design thinking e como elas funcionam na prática

Por Douglas da Silva, Web Content & SEO Associate, LATAM

Última atualização em 27 junho 2022

etapas do design thinking

A competitividade de uma empresa depende da sua capacidade de inovação e diferenciação frente aos seus concorrentes. Em cenários imprevisíveis e um mercado que exige mudanças e adaptações constantes, adotar as etapas do design thinking na sua empresa é uma excelente estratégia para se destacar.

A partir do processo de design thinking, os gestores corporativos conseguem se adaptar às novas demandas de seu mercado de atuação, atendendo com maestria as exigências feitas pelos clientes.

Novas oportunidades são descobertas para conquistar novos consumidores, fidelizar os antigos e, consequentemente, aumentar a lucratividade. 

Vamos entender melhor como as fases do design thinking ajudam a superar os desafios e os problemas do seu negócio? Aproveite este texto para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto e aprenda:

  • o que é design thinking?

  • como aplicar o design thinking na sua empresa?

  • quais são as etapas do design thinking?

  • análise e planejamento das etapas do design thinking;

  • desafios do design thinking.

Boa leitura!

O que é design thinking?

Segundo o autor do livro “Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim Das Velhas Ideias” , Tim Brown:

  • “O design thinking se baseia em nossa capacidade de ser intuitivos, reconhecer padrões, desenvolver ideias que tenham um significado emocional além do funcional, expressar-nos em mídias além de palavras ou símbolos”

Ou seja, o processo de design thinking pode ser definido como “pensar como um designer pensa”, mesmo não sendo essa a sua profissão. A finalidade é usar o modo que os designers utilizam e organizam os espaços em suas criações.

Feito para ser aplicado por qualquer profissional, ele reúne práticas que resolvem problemas de forma inovadora, criativa e assertiva. Além de ajudar a sintetizar ideias e soluções, transformando problemas em oportunidades.

Muito utilizado antigamente para desenvolver novos produtos e serviços, o design thinking, hoje, é usado por empresas para os mais variados objetivos, como resolução de problemas, renovação de processos, viabilização de projetos e método de tomada de decisão.

Mas, se fosse para definir o que é design thinking em poucas palavras, poderíamos dizer que ele soluciona problemas de natureza simples e complexa de maneira inovadora, com foco total no bem-estar das pessoas e dos clientes. 

Logo, o design thinking também é considerado um método customer centric.

Isto significa que essa metodologia ganhou novas funções quando aplicada em diversos setores corporativos. Veja quais são elas:

  • usar o pensamento crítico para inovar e otimizar operações;

  • resolver problemas enfrentados por organizações;

  • buscar as reais necessidades e as dores das pessoas e dos clientes;
  • proporcionar novas formas de enxergar oportunidades em meio a desafios;

  • envolver a multidisciplinaridade e a colaboração coletiva nos processos corporativos.

Em uma união entre pensamento, raciocínio e pesquisa, o design thinking integra clientes, colaboradores e empresários em novas experiências no mercado.

Não existe um manual ou uma única abordagem a se seguir, mas as etapas do design thinking ajudam a guiar as corporações pelo caminho da inovação, proporcionando insights e perspectivas funcionais e visuais.

Leia mais: Conheça as 7 melhores ferramentas de colaboração online para aprimorar o desempenho das suas equipes

Como aplicar o design thinking?

A natureza das etapas do design thinking é versátil e personalizável. Ele pode ser implementado em todos os departamentos do negócio, com as mais variadas finalidades.

Mas, para que as equipes façam bom uso das fases do design thinking é preciso dar alguns passos para preparar o território, os colaboradores e, principalmente, a cultura organizacional

Afinal, o que precisa ser mudado na cultura das empresas?

Primeiramente, o ambiente de trabalho deve estimular a colaboração: os profissionais participam de processos estratégicos dando novas ideias e soluções para os desafios. Sem importar o cargo ocupado!

No design thinking, todos os pontos de vista são essenciais para ter um visão mais ampla e empática da situação e do cenário observado. Os times devem ser compostos por pessoas criativas, proativas, flexíveis e sensíveis.

E por que? Para transformar a cultura conservadora em inovadora! Logo, o investimento em sistemas e ferramentas tecnológicas é necessário. Eles automatizam processos, geram insights por meio da inteligência artificial e, por isso, tornam os colaboradores mais produtivos, com tempo para pensar em ações estratégicas.

Depois, há a definição do caminho que a empresa deseja seguir. Para entender qual abordagem adotar nas etapas do design thinking, analise e determine os seguintes aspectos:

  • objetivo principal: como melhorar operações, criar novos produtos ou serviços, tomar decisões, reestruturação de áreas e processos corporativos, mudança da estratégia empresarial, solução de problemas etc;
  • particularidades da empresa: mercado de atuação, público-alvo, tamanho, entre outros;
  • quais são os recursos humanos, tecnológicos e técnicos disponíveis para serem utilizados nas etapas do design thinking.

Quais são as etapas do design thinking?

Preparado para aprender quais são as etapas do design thinking e como melhorar os resultados entregues pela sua equipe? Vamos lá!

Já que você compreendeu o que é design thinking, fica mais fácil visualizar o que é proposto em cada uma das etapas de seu processo de implementação.

Lembramos que o design thinking não possui práticas engessadas e tradicionais. Ele é baseado na cultura da inovação e precisa da coletividade para acontecer.

Vamos entender melhor as etapas do design thinking para você começar a planejar a aplicação dele no seu negócio? Você vai perceber que, apesar de demandar muito trabalho inicial, o processo é fluido, adaptável e faz todo sentido no momento da prática.

1. Imersão

O nome dessa fase do design thinking não é meramente sugestivo. É aqui que você e a sua equipe vão mergulhar fundo, de cabeça, e pesquisar tudo o que impacta direta e indiretamente a sua empresa.

Ou seja, a fase de imersão é puramente de pesquisas do cenário interno e externo do negócio. Ela é a base para as outras etapas do design thinking e deve ser dividida em duas partes:

  • preliminar: dados básicos e pesquisas mais superficiais sobre o assunto preestabelecido (o objetivo/ a finalidade da aplicação dessa metodologia);
  • profunda: informações aprofundadas e minuciosas sobre o problema a ser resolvido.

A finalidade dessa primeira etapa é conhecer e entender toda a situação da empresa e dos clientes atendidos por ela. Por isso, é comum investir tempo em elaborar análise SWOT, benchmarking (pesquisa da concorrência), avaliar os feedbacks dos consumidores, estatísticas do nicho de atuação etc.

Pensa que todos os fatores que impactam a empresa devem ser analisados profundamente para se tornarem dados relevantes no momento de definir estratégias e criar o planejamento.

Quanto mais fiel for essa pesquisa, maiores serão as chances de assertividade e sucesso nos resultados. Afinal, os próximos passos serão decididos com base nos dados levantados aqui.

Por isso, não se esqueça:

  • faça o mapeamento de todos os elementos e recursos disponíveis;

  • defina o objetivo e os resultados a serem alcançados;

  • busque informações precisas, atuais e relevantes para o seu negócio;

  • levante os dados e os resultados sobre o que já foi feito dentro da empresa.

O olhar deve ser de resolução dos problemas e dos desafios com foco no negócio e no cliente final. A qualidade importa mais do que a quantidade. Descubra o que pode ser mudado.

2. Ideação

Essa é a etapa do design thinking de buscar soluções criativas e inovadoras a partir dos dados levantados na imersão.

  • O que é preciso para melhorar produtos e serviços?

  • Como aperfeiçoar a experiência do cliente?

  • Como atender de modo mais eficiente as necessidades do público-alvo e do mercado?

  • O que seus concorrentes estão fazendo que pode servir como inspiração?
  • Quais processos devem ser automatizados?

  • Quais novos produtos e serviços posso desenvolver?

A fase da ideação inclui, portanto, o brainstorming do processo de design thinking, identificando o que deve ser alterado ou modernizado.

O ambiente propício para essa etapa do design thinking é um que envolva todos os colaboradores, sem julgamentos e limitações durante a conversa. O clima organizacional deve ser leve, colaborativo, amigável e empático.

As empresas que promovem a diversidade nas equipes, tendem a ser mais criativas e a pensar fora da caixa e dos padrões já estabelecidos.

Logo assim, podemos definir que a fase da ideação é a etapa do design thinking da inovação. Use as ferramentas que mais combinarem com a cultura da empresa, como brainstorming, dinâmicas de grupo etc.

Veja mais: Diversidade no ambiente de trabalho: saiba a importância e as vantagens

3. Prototipação e validação

Chegou o momento de colocar em prática tudo o que foi investigado, analisado e sugerido. Após a tomada de decisões e da escolha das ideias que parecem mais promissoras, é hora de criar o protótipo. Ou seja, iniciar a fase de testes.

A prototipação e validação é a etapa do design thinking que torna tangível a ideia escolhida para verificar pontos de melhorias e reduzir falhas, por exemplo.

O esboço feito serve para perceber se ele é possível de desenvolver, se atende ao objetivo estipulado e se precisa de ajustes.

4. Implementação

A última das etapas do design thinking é o momento em que o produto, serviço, projeto ou processo operacional é executado para todos.

Mas, isso não significa que o trabalho acabou por aqui. A cultura de melhoria contínua, quando implementada na empresa, visa analisar indicadores de performance constantemente para entender se há algo a ser melhorado.

A melhor forma de compreender o sucesso de todas as etapas do design thinking é também pedir feedbacks. E isso serve para o público externo e interno, dependendo do objetivo determinado;

Análise e planejamento

Por fim, há também uma fase que, na verdade, pode ser considerada uma subfase. Pois ela deve ser aplicada em cada uma das etapas de design thinking descritas acima. Ela é chamada de análise e planejamento.

Entenda melhor: a análise organiza e relaciona tudo o que foi realizado, verificando tendências, oportunidades e desafios do projeto. O planejamento também deve ser feito para passar para a próxima fase do processo de design thinking, certo? 

Por isso, ao fim das etapas de imersão, ideação, prototipação e validação e implementação, deve ser feito uma análise de tudo o que executado e pensado e também um planejamento dessas ideias e sugestões.

Desafios do design thinking

A implementação do método dentro da empresa é um processo que vai além da execução das etapas do design thinking. Como já falamos mais acima, é preciso desenvolver uma cultura forte e consolidada que se apoie na inovação, na colaboração e na análise de dados e métricas.

A transformação da cultura organizacional pode ter alguns entraves e desafios ao longo do caminho. Entenda quais são eles e pense em um plano de mitigá-los para não atrasar o desenvolvimento do design thinking.

  • colaboradores que sentem medo e não gostam de mudanças;

  • profissionais com medo de dar opinião ou sugestões e ser repreendido;

  • estrutura organizacional inflexível e que não apoia a inovação e a criatividade;

  • falta de engajamento de líderes e gestores;

  • ambiente de trabalho competitivo;

  • falta de sistematização de processos;

  • resistência a adotar sistemas mais modernos e inteligentes;

  • falta de um programa de treinamento adequado para o uso das ferramentas necessárias;

  • pouca aderência da diretoria ou outros cargos de alto escalão;

  • baixo investimento tecnológico;

  • entre outros.

E é claro que a implementação de todas as etapas do design thinking são facilitadas e otimizadas com o uso de sistemas modernos e inteligentes. Além da integração de dados e relatórios com dados e insights, eles agregam na organização, na rapidez e na eficiência do trabalho. E ainda:

  • atendimento ao cliente por vários canais;

  • armazenamento de todas as interações feitas com os clientes;

  • personalização de acordo o nicho de atuação e o segmento do negócio;

  • otimização de tarefas;

  • integração com outras plataformas;

  • visão unificada de clientes;

  • e muito mais.

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