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9 previsão para o futuro do trabalho pós-pandemia
Por Zendesk
Última atualização em 8 novembro 2023
Como será o futuro do trabalho pós-pandemia? Essa é uma pergunta que muitos gestores e líderes de RH têm feito nos últimos tempos, e não para menos!
A Covid-19 afetou o modo de trabalhar do mundo todo. Por esse motivo, é importante se preparar para um impacto duradouro, que poderá alterar profundamente a abordagem de diferentes organizações, incluindo a maneira como fazem negócios.
Para os líderes de RH é extremamente importante identificar e se preparar para uma mudança nas operações e nos objetivos estratégicos.
Quando esses profissionais respondem com eficiência, tendem a contribuir muito para estabelecer suas empresas como as principais concorrentes nos seus respectivos setores.
A fim de trazer uma luz para essa questão, a Gartner elaborou um novo relatório denominado “Nove previsões para o futuro do trabalho pós-Covid”.
O estudo detalha as mudanças esperadas (e inesperadas) na cultura do local de trabalho para as quais os gestores do setor de Recursos Humanos devem ficar atentos, além de orientações de como devem se preparar para elas.
Confira, agora, os principais insights de como será o futuro do trabalho pós-pandemia do coronavírus.
Previsões para o futuro do trabalho pós-pandemia
É inegável que a chegada do coronavírus modificou não apenas as relações pessoais, mas também as profissionais e a maneira como as empresas atuam.
Para se manterem atuantes durante os períodos mais críticos de isolamento social, muitas organizações precisaram se reinventar, encontrar novos meios de continuar com suas operações e de atender os seus clientes.
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O teletrabalho e o atendimento ao cliente home office, por exemplo, eram duas abordagens quase que inimagináveis para muitas empresas. Hoje, no entanto, já se tornaram parte das suas culturas.
Mas já ficou claro que muitos impactos causados por essas mudanças tendem a ficar. Por isso, é preciso que os gestores, especialmente os que estão à frente do RH, se preparem para elas.
De acordo com a Gartner, o futuro do trabalho pós-pandemia será impactado em nove vertentes distintas. Algumas, inclusive, são tendências já podiam ser vistas antes desse período que acabaram sendo aceleradas.
Segundo o relatório Gartner são:
- Aumento do trabalho remoto
- Expansão da coleta de dados sobre funcionários
- Maior utilização de mão de obra temporária
- Participação mais ativa das empresas como rede de apoio
- Definição mais evidente de habilidades e funções críticas
- Visão mais humana (ou não) dos colaboradores
- Mudança na maneira como as empresas são vistas pelos funcionários
- Troca de estratégias de eficiência por resiliência
- Formação de organizações mais complexas
Aumento do trabalho remoto
Uma das tendências que perpetuará no futuro do trabalho pós-pandemia é a atuação remota dos colaboradores.
A previsão dada pela Gartner antes da chegada do coronavírus era que, até 2030, a demanda de trabalho remoto aumentaria 30%, em especial por ser a forma de atuação preferida da Geração Z.
No entanto, a pandemia acelerou esse processo e, atualmente, 74% dos CFOs têm interesse em manter esse regime de trabalho visando, entre outros pontos, a redução de custos.
Para o RH o desafio fica por conta de melhorar a experiência dos funcionários, sejam aqueles que estiverem atuando das suas casas, sejam aqueles que irão para o ambiente físico de trabalho.
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Expansão da coleta de dados sobre funcionários
Outra mudança que será vista no futuro do trabalho pós-pandemia é um aumento na coleta de dados dos funcionários.
A estratégia visa monitorar de maneira mais assertiva os profissionais que estarão atuando remotamente, incluindo a produtividade, mas também a gestão do bem-estar desses profissionais.
O RH poderá utilizar essas informações também mensurar o desempenho das equipes, em especial para definir questões voltadas para promoções e outras relacionadas.
Maior utilização de mão de obra temporária
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em agosto deste ano a taxa de desemprego atingiu 14,3%.
Sabe-se que muitas empresas precisaram cortar gastos durante a pandemia e, parte disso, resultou na redução do quadro de funcionários.
O relatório da Gartner sobre o futuro do trabalho pós-pandemia mostrou que em abril de 2020, 23% dos empregados afirmaram que as empresas já estavam substituindo profissionais de tempo integral por trabalhadores temporários, como medida de redução de gastos.
Essa estratégia também foi usada como forma de preencher lacunas, sejam elas por escassez de talento, colaboradores afastados por questões de saúde, cuidado decorrente da Covid-19, entre outros motivos.
Participação mais ativa das empresas como rede de apoio
A participação mais ativa das empresas nas vidas dos seus colaboradores e na sociedade pode ser vista durante a quarentena em diversos locais.
Parte disso é decorrente da necessidade de aumentar os cuidados com a saúde mental dos colaboradores, outra do impacto que as atividades empresariais causam no meio em que está inserida.
Assim, os fatores pessoais, tais como horários diferenciados, licenças mais adequadas etc, passaram a fazer parte da cultura de muitas organizações e têm tudo para se manter no futuro do trabalho pós-pandemia.
Definição mais evidente de habilidades e funções críticas
O fluxo de trabalho foi fortemente impactado em muitas empresas. Por conta disso, a necessidade de criar ou ressaltar o papel de funções críticas se tornou ainda mais evidente.
Se antes essas eram utilizadas apenas para objetivos estratégicos, hoje as empresas notaram a importância de ter profissionais capacitados para situações emergenciais como as causadas pela pandemia.
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Visão mais humana (ou não) dos colaboradores
Enquanto muitas organizações tiveram um olhar mais humano para os seus colaboradores, apoiando o momento pelo qual todos estão passando, outras deixaram essa visão de lado e exigiram ainda mais dos seus profissionais.
Dentro desse conceito, o futuro do trabalho pós-pandemia pode ser ainda mais impactado, especialmente considerando que a forma de atuação da empresa hoje refletirá no seu desempenho amanhã.
Mudança na maneira como as empresas são vistas pelos funcionários
Seguindo a linha da constatação anterior, o posicionamento da organização e a transparência dos seus atos durante a pandemia terá reflexo na maneira como os funcionários veem a empresa.
Segundo o relatório da Gartner, o compromisso assumido com os profissionais durante esse período mudará a maneira como a empresa é vista por eles e por futuros colaboradores.
Troca de estratégias de eficiência por resiliência
Antes da pandemia, 55% dos líderes afirmavam que as suas estratégias tinham foco na eficiência. Isso resultou na utilização de soluções eficientes, porém frágeis.
Com as mudanças causadas neste período, empresas com essa base se mostraram mais suscetíveis aos riscos. Por outro lado, as que tinham como foco a resiliência se adaptaram melhor às mudanças.
Por conta dessa diferença, as empresas também sentirão o impacto no seu modo de atuação, principalmente no que diz respeito à escolha das suas prioridades.
Formação de organizações mais complexas
Do ponto de vista do relatório da Gartner, ao que tudo indica, a tendência é as empresas expandirem a sua diversidade geográfica como estratégia para mitigar riscos de quebra, como os causados nos últimos tempos.
Como parte dessa mudança, o RH, em parceria com os líderes, precisarão criar modelos de gerenciamento de desempenho distintos. Isso será necessário, pois, nem sempre o que funcionar em uma localidade, trará o mesmo resultado em outra.
Como se preparar para o futuro do trabalho pós-pandemia
O futuro pós-pandemia pede que as empresas e os departamentos de Recursos Humanos se preparem desde já.
As orientações da Gartner para isso são:
- Avaliar como cada uma das previsões citadas pode afetar as operações e os objetivos da sua empresa
- Verificar qual requer ações imediatas, dando prioridade àquela que impacta no retorno ao trabalho ou na geração de novos custos para a organização
- Analisar os planos e metas estabelecidos antes da Covid-19 e verificar o que precisa ser ajustado para essa nova fase.
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