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Artigo 6 min read

Liderança situacional: como colocar em prática?

Por Zendesk

Última atualização em 18 setembro 2023

Entender sobre liderança situacional pode ser definitivo para o desenvolvimento de gestores adaptáveis e flexíveis. Aliás, o desenvolvimento de lideranças, embora reconhecido por muitas empresas (83%, para sermos mais exatos) como essencial, ainda não é amplamente praticado nas corporações. 

Pesquisas mostram que, de forma efetiva, apenas 5% das organizações já implementaram desenvolvimento de liderança em todos os níveis na empresa. 

Diante de um cenário como este, qual o melhor caminho a seguir? Conhecer as possibilidades de perfis gerenciais, como a liderança situacional, é uma alternativa! 

O que é liderança situacional?

Liderança situacional é um método desenvolvido pelos estudiosos Paul Hersey e Kenneth Blanchard. Ele diz respeito à capacidade de adaptação do gestor a diferentes contextos, acontecimentos e demandas do time de liderados. É, como o nome diz, um processo que flui de acordo com a situação. 

Nesse sentido, para garantir que as tomadas de decisão sejam coerentes e bem embasadas, é preciso lançar mão de diferentes ferramentas de apoio, tais como: 

  • análise SWOT;
  • inteligência emocional;
  • vantagens competitivas; 
  • conhecimentos técnicos;
  • etc. 

O que diz a teoria da liderança situacional

A teoria da liderança situacional defende que, para ser um bom líder, não há uma “cartilha” a seguir. Pelo contrário, o bom gestor consegue agir de forma adaptável com seus subordinados em situações que demandem posicionamentos distintos. 

Dessa forma, é essencial que a liderança conheça os perfis, características e, sobretudo, níveis de experiência de seus liderados. Afinal, isso será essencial na hora de delegar tarefas, fazer rondas de feedback ou mesmo contribuir para seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Os 4 níveis de maturidade

A teoria da liderança situacional, aliás, explica que existem 4 diferentes níveis de maturidade entre os colaboradores. 

  • M1: nesse caso, o colaborador não dispõe de conhecimentos técnicos para desenvolver suas tarefas autonomamente. É preciso ter atenção com liderados M1, pois o desconhecimento pode facilmente levar à falta de motivação;
  • M2: aqui, o liderado já entende um pouco mais sobre sua função, e, por isso, tem motivação e senso de propósito para buscar a autonomia. Entretanto, ainda demanda direcionamentos próximos da liderança; 
  • M3: o profissional M3 tem conhecimento e habilidades para realizar autonomamente suas tarefas, mas não têm desejo de se transformarem em lideranças; 
  • M4: representa o profissional que se desenvolveu, cresceu e se sente plenamente motivado para trabalhar a partir apenas de uma diretriz inicial. 

Quais os estilos de liderança situacional?

Os autores da teoria defendem também a existência de 4 estilos de liderança situacional. Eles são o reflexo direto da compreensão dos níveis de maturidade trazidos no tópico anterior. 

Para te ajudar a entender, na prática, como aplicar cada estilo, vamos explicá-los tomando, como exemplo, a gestão de uma dinâmica equipe comercial. 

1- Liderança de comando: foco em profissionais no M1

Quando os colaboradores têm um nível equivalente ao M1 de conhecimento técnico e maturidade profissional, é preciso que a liderança se posicione de maneira ativa. Nesse caso, é preciso usar a técnica do microgerenciamento, ou o envolvimento próximo e atento em todas as tarefas desempenhadas. 

No time comercial, um líder de delegação ou comando acompanharia de perto o recebimento de tickets, o relacionamento com o cliente, a gestão de ferramentas e a análise de resultados e KPIs de vendas e atendimento. 

2- Liderança de apoio: foco em profissionais M2

Já a liderança de apoio tende a se posicionar como um pilar de confiança para o time. Ele oferece informações, mas permite que o próprio liderado tome as melhores decisões com base em sua vivência e rotina. 

Por isso mesmo, o líder de apoio é, também, um líder essencialmente motivacional, que reconhece boas práticas e direciona atitudes em busca da melhoria contínua. 

3 – Liderança de treinamento: foco em M3

Já para profissionais M3, o foco está em fornecer o sentido das ações, mais do que apoiar conduções e tomadas de decisão. 

Isso significa que a liderança de times com este perfil se reúne periodicamente com a equipe, fornece diretrizes estratégicas para o trabalho comercial e permite que os próprios colaboradores desenvolvam seus métodos de ação e busca por resultados. 

4 – Liderança de orientação (ou delegação): foco em M4

Por fim, líderes de equipes M4 atuam como um observador distante, que permite que o time opere autonomamente. 

É claro que, como gestor, ele assegura que o fluxo siga em harmonia e que todas as tarefas permaneçam sob controle. Mas, diferente de outros níveis, o chefe de profissionais nível 4 tem baixo índice direcional e baixo comportamento de apoio. 

Quais as características da liderança situacional?

E aí, gostou da teoria da liderança situacional? Saiba que, ainda que a máxima, neste caso, seja adaptabilidade, é preciso reunir algumas habilidades de liderança para aplicar os princípios de forma satisfatória. 

A seguir, mostramos uma lista com algumas das soft e hard skills essenciais para uma gestão situacional bem-sucedida. 

  • resiliência:
  • adaptabilidade;
  • boa comunicação;
  • capacidade de gestão de diferentes modelos de capital intelectual;
  • escuta ativa; 
  • capacidade de direcionamento; 
  • respeito à autonomia do time;
  • habilidades orientativas;
  • agilidade de raciocínio;
  • entendimento do mercado; 
  • boa gestão de tempo;
  • capacidade de priorização. 

Como aplicar a liderança situacional na gestão de pessoas?

Você reúne as características pontuadas acima? Então tem tudo o que precisa para se tornar uma liderança situacional. 

É hora de partir para a prática e compreender o passo a passo para aplicar o método na rotina. 

  1. Conheça as características e potencialidades de cada membro do time (e faça essa análise sempre que estiver diante de uma situação nova. Afinal, um colaborador M1 em uma situação pode ser M3 em outra); 
  2. Desenvolva métodos de condução individualizados de acordo com o estudo previamente realizado;
  3. Lembre-se de que, em todos os níveis, o objetivo é a melhoria contínua, ou o amadurecimento profissional aliado ao alcance de resultados. 

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Além de colocar em prática o passo a passo acima, é fundamental assegurar que sua equipe disponha de ferramentas de trabalho efetivas. Embora sejam suporte na execução de tarefas, softwares e sistemas podem simplificar tarefas operacionais do dia a dia, permitindo que as equipes se concentrem em atividades que, de fato, contribuam com seu crescimento profissional.

O Zendesk Service, software de atendimento da Zendesk, é um desses aliados. Sabemos que o atendimento vai além do cliente, e também inclui sua empresa e as equipes que a compõem. 

Nosso sistema não só facilita o atendimento ao cliente, mas também prepara as equipes para o sucesso e mantém a empresa em sincronia. É uma solução completa em um pacote eficiente.

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