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Artigo 11 min read

O que é MVP? Conceito, importância e como criar um Mínimo Produto Viável

Por Zendesk

Última atualização em 2 dezembro 2022

O que é MVP

O que é MVP? MVP é a sigla da expressão “minimum viable product” que, em tradução para o português, significa “produto mínimo viável”. Ele nada mais é do que a versão mais simples de um produto e, desse modo, apresenta suas funcionalidades mais básicas. Ele funciona como um teste para validar a ideia, aplicabilidade e aderência de um produto no mercado. 

Futuros empreendedores ou empresas já consolidadas no mercado precisam estar familiarizadas com o conceito de MVP caso queiram evitar perder tempo e dinheiro em uma ideia que não ganhará a aderência do público.

Para entender, de modo mais profundo, o que é um MVP e qual a importância dele e conhecer exemplos de MVP, basta seguir lendo este post, o qual abordará:

  • O que é MVP de produto?
  • O que é um MVP e qual a importância dele?
  • O que é MVP em startup?
  • Como criar um Produto Mínimo Viável? 
  • Exemplos de MVP: 2 cases para se inspirar 

O que é MVP de produto?

Podemos definir o que é MVP de produto como a sua versão mais elementar. Com base em uma estratégia que economiza recursos e otimiza o tempo, o MVP é criado para testar a recepção do produto diante de seu público-alvo e para projetar o seu desempenho no mercado. Isso é feito antes de adicionar itens mais complexos e de custo mais elevado.

Ou seja, para a criação do Minimum Viable Product, busca-se empregar o mínimo possível de esforços, investimentos e mão de obra. A intenção é entregar um produto focado em sua proposta de valor central de modo a validar essa ideia antes de um possível lançamento oficial.

O que é um MVP e qual a importância dele?

A construção de um Minimum Viable Product é uma estratégia criativa que visa chegar a uma versão simples de um produto, porém perfeitamente capaz de expressar todo o valor que ele se propõe a entregar para os clientes.

A intenção do MVP é testar a adesão e a receptividade do público-alvo daquele produto. Com base no feedback coletado dessa primeira versão minimamente viável, serão feitos ajustes no produto para que a sua versão ideal – com recursos mais completos – seja comercializada em larga escala e receba mais investimentos.

Dito isso, o MVP (Mínimo Produto Viável) é importante porque ele atua como um guia poderoso para analisar a aceitação do produto pela buyer persona. Além disso, ajuda a definir uma direção para o desenvolvimento do produto, incluir melhorias e ajustes para que seu lançamento seja um sucesso. 

Como ele permite que uma empresa realize um teste em escala real dentro de um cenário concreto, o MVP é estratégico e crucial para medir a interação do usuário com o produto, avaliar o seu grau de envolvimento e conferir se ele realmente tem potencial para atender a todas as demandas de sua audiência.

O que é MVP em startup?

O conceito de MVP é bastante abraçado por startups, pois sua ideia nasceu de um movimento criado e propagado por Eric Reis, um dos mais bem sucedidos empreendedores do Vale do Silício. 

Para o idealizador, para uma startup ter sucesso, ela precisa desenvolver produtos escaláveis, os quais devem ser introduzidos de forma gradual. Essa prática é bastante funcional para reduzir riscos e evitar gastos excessivos. 

Essa ideia, também conhecida como Lean Startup ou Startup Enxuta, tem uma relação direta com o MVP. Isso porque traz como base a validação real, sem achismos, com base em testes e em feedbacks de clientes

Antes de uma startup ser lançada no mercado, uma versão minimamente viável da sua proposta de valor é desenvolvida sem o emprego de muitos recursos.

Depois de pronto, esse protótipo – que pode ser um software as a service (SaaS) ou qualquer outro tipo de serviço com base na tecnologia – é disponibilizado para uma amostra do público-alvo da startup.

Depois da fase de teste, o protótipo volta para que o time de desenvolvimento implemente as melhorias apontadas pelo feedback do público.

Tendo isso em vista, é possível definir o que é MVP em startup como um produto ou serviço que possui os recursos e as funcionalidades fundamentais. Essa solução é lançada sem muitos investimentos, pois nessa fase não há nenhuma garantia de adesão do público-alvo e de retornos financeiros.

O MVP em startup visa blindar a empresa da imprevisibilidade do mercado. Isso tem um valor especial para as startups, uma vez que as soluções que elas apresentam no mercado costumam ser disruptivas e com alto risco de serem rejeitadas por sua audiência.

Nesse contexto, os elementos tempo e qualidade também são destacados, porque o conceito objetiva oferecer a melhor qualidade possível de um produto em pouco tempo. 

Como criar um Produto Mínimo Viável? 

Como você bem deve saber, dificilmente uma ideia de um produto, serviço ou modelo de negócio será um grande sucesso, com uma adesão ampla do público-alvo, logo na primeira tentativa de lançamento.

E em se tratando de startups, como vimos no tópico anterior, criar um Mínimo Produto Viável é especialmente necessário – tendo em vista a natureza disruptiva das soluções que essas empresas costumam oferecer ao mercado.

Sendo assim, agora que você já sabe o que é um MVP e qual a importância dele, que tal conferir um passo a passo de como desenvolver um Minimum Viable Product?

Passo 1 – Tenha uma equipe diversificada 

Ter uma equipe plural com visões, atuações e pontos de vista diferentes é essencial para viabilizar o seu MVP. 

O primeiro perfil é o profissional que tem visão e conhecimento sobre negócios. Ele é vital para avaliar se o produto é financeiramente viável. Já o segundo é aquele que tem conhecimento sobre design thinking e UX. Ele conseguirá estabelecer como o produto será usado e analisará se ele oferecerá uma boa experiência para o cliente

Já o terceiro perfil é o mais técnico, ou seja, de alguém que tenha conhecimento se o produto tem condições reais de ser produzido com facilidade e em larga escala.  

Passo 2 – Determine como será o produto 

Defina o público-alvo, escolha o nome, as funcionalidades, as características e as vantagens de seu produto. 

Nessa fase de brainstorming, é importante criar listas para que todos os profissionais envolvidos fiquem na mesma página. Uma delas é pensar no que o produto “sim ou não”. Por exemplo: é um aplicativo? Ele terá recursos como GPS?

Passo 3 – Defina sua persona 

Mais importante do que traçar características de seu público ideal, como idade, profissão, hobbies e comportamento, é definir os grandes bloqueios, dores e objeções de sua persona.  Afinal, o seu produto não só precisa ser diferente do que o oferecido pela concorrência, mas também resolver as necessidades de sua audiência. 

Nesta etapa, é válido encomendar um estudo aprofundado para uma agência sobre os clientes em potencial que deseja atingir e conquistar. 

Passo 4 – Tire de cena todos os excessos

O brainstorming atua como um ponto de partida importante para criar um MVP. Porém, não podemos nos esquecer de que ele precisa ser simples para ser viável. Sendo assim, é fundamental editar ideias de seu time. 

Uma boa prática aqui é incentivar cada um dos colaboradores a colocar as prioridades do produto. Depois, é preciso reunir essas opiniões e analisar se todas fazem sentido e quais são as melhores.  

Passo 5 – Teste o seu protótipo

Uma estratégia eficiente para testar um produto com pessoas dispostas a adquirir uma nova solução, mesmo que ela apresente problemas e bugs, é descobrir quem são elas (também chamadas como Early Adopters), o que pode ser feito após a divulgação de uma landing page. 

No geral, essas pessoas são aquelas que apresentam os maiores problemas a serem resolvidos e têm urgência de resolvê-los. Como o feedback desses usuários é imprescindível para agregar melhorias ou ajustar funcionalidades em seu MVP,  é primordial, desde o começo, se focar em estratégias de relacionamento, oferecendo benefícios exclusivos para mantê-los. 

Passo 6 – Colete o feedback e implemente as melhorias

Depois de testar a versão minimamente viável do seu produto, você deve analisar o feedback das pessoas que utilizaram a sua solução.

A intenção é entender quais pontos devem ser aperfeiçoados para melhorar a experiência dos usuários e tornar o seu produto mais forte para competir no mercado.

Depois de implementar as melhorias, você poderá desenvolver uma versão mais refinada e completa do seu produto com mais segurança. Isso porque agora você já sabe do potencial de retorno e de adesão a essa solução.

Exemplos de MVP: 2 cases para se inspirar 

São inúmeros os casos de empresas que foram concebidas a partir de um Mínimo Produto Viável. Muitas delas ainda utilizam essa lógica do MVP sempre que querem lançar um produto novo ou uma atualização em suas soluções atuais.

Para você entender como o minimum viable product funciona na prática e se inspirar em cases bem sucedidos, separamos aqui 2 exemplos de MVP. Confira!

Amazon

No começo da década de 1990, Jeff Bezos leu um relatório sobre o futuro da Internet e ficou impactado com as estimativas de crescimento do e-commerce. Assim, ele criou  uma lista com os produtos que teriam mais viabilidade para ser comercializados online, reduziu a lista para cinco e, logo, concluiu que oferecer livros a preços mais baixos poderia ser a bola da vez do mundo dos negócios. 

Logo, fundou a Amazon. O seu MPV contou com toda simplicidade que o conceito demanda: um site elementar com apenas um catálogo de publicações. De interação em interação e de teste em teste, Bezos conseguiu entender o comportamento de seus usuários, suas principais dores e o restante da história, você já conhece!

Dropbox 

Lançada em 2007, o Dropbox foi a primeira plataforma que permitia armazenar arquivos fora de dispositivos hard – ou seja, na nuvem.

Para validar a aderência ao mercado, o Dropbox produziu um vídeo simples, que explicava, de forma resumida e funcional, as funcionalidades de sua solução. 

O vídeo teve uma ótima repercussão entre os early adopters e os seus feedbacks iniciais foram fundamentais para legitimar o lançamento do produto no mercado.

Esse MVP está disponível no YouTube e você pode conferi-lo abaixo:

Bom, conseguimos esclarecer para você o que é MVP, sua importância e como fazer um Mínimo Produto Viável?

Lembre-se de que a criação de um MVP é indispensável para validar uma ideia que você tem sobre um novo produto ou sobre um modelo de negócio.

Dessa forma, você evita dedicar muito tempo e dinheiro em algo que não vai dar o retorno que você espera.

E para desenvolver um bom MVP, é preciso ter o foco no cliente. Portanto, que tal se aprofundar nesse tema com o nosso e-book gratuito “Como fazer a sua empresa crescer com foco no cliente”?

Nesse material, você vai aprender sobre satisfação e experiência do cliente e como construir um relacionamento sólido e duradouro com a sua base, mantendo os clientes no centro de suas decisões.

Glossário

MVP

É o Minimum Viable Product, ou Mínimo Produto Viável. Trata-se de uma versão limitada de uma solução ou modelo de negócio, focada na sua proposta de valor central.

Protótipo

É uma versão do MVP destinada à fase de teste junto ao público-alvo

Startup

Formato de empresa que oferece produtos inovadores e que são comercializados de maneira escalável.

Lean Startup

Lean Startup é uma empresa de operação enxuta, sem desperdiçar tempo e recursos.

Vale do Silício

Nome dado a uma região no estado da Califórnia, Estados Unidos, considerada o berço das startups globais, como Uber e Facebook.

SaaS

SaaS significa Software as a Service. Trata-se de um tipo de sistema que é comercializado como um serviço. O cliente geralmente paga uma mensalidade para acessar os recursos do software.

Proposta de valor

A proposta de valor se refere àquilo que o seu cliente tem a ganhar ao utilizar o seu produto ou serviço.

Feedback

O feedback é uma resposta. No contexto do MVP, trata-se da percepção que os clientes tiveram sobre o seu Mínimo Produto Viável.

Buyer persona

Representação semi fictícia de um perfil de cliente ideal.

Disruptivo

Algo que rompe com o statu-quo, com os padrões já estabelecidos. Ser disruptivo é propor que propõe uma nova forma de consumir, agir, se comportar, etc.

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