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Sustentabilidade no varejo: entenda essa tendência
Por Zendesk
Última atualização em 18 setembro 2023
Sustentabilidade e varejo são conceitos cada vez mais convergentes. Além de ser pauta no congresso NRF 2023 (que traz as maiores tendências para o setor em nível global), a temática também está presente no posicionamento de compra de consumidores.
Relatórios dizem que 82% dos compradores querem que as marcas adotem práticas sustentáveis e que coloquem as pessoas em primeiro lugar, e a Gen-Z está liderando o movimento.
Outra pesquisa, também trazida pela Forbes, descobriu que três quartos dos compradores consideram a sustentabilidade mais importante do que as marcas.
Percebe como a temática está crescendo em importância estratégica? Se você não quer perder a oportunidade de incorporar práticas de sustentabilidade no varejo, continue a leitura deste artigo e acompanhe nossos insights.
O que é sustentabilidade
O foco da sustentabilidade está na manutenção de longo prazo das condições de existência de ambientes, sociedades e organizações. É um conceito amplo, que pode ser resumido como “a busca por atender às nossas necessidades do presente sem comprometer os recursos para as gerações futuras”.
O varejo e a sustentabilidade no pós-pandemia: entenda a tendência
Conscientes de que o planeta caminha para um futuro insustentável (em razão de hábitos e práticas que tornam cada vez mais escassos os nossos recursos naturais), empresas de diferentes portes e segmentos começaram a se atentar para as agendas de recuperação e manutenção das condições de existência para os próximos anos.
A agenda dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), proposta pela ONU, propõe a adoção de medidas focadas em 17 eixos. São temáticas que influenciam diretamente na resolução de problemas de escala global, como fome, desigualdade, oportunidades de trabalho e uso consciente de recursos naturais.
Além dos ODS, a agenda ESG também mobilizou organizações ao redor do mundo. A pauta propõe a atenção a aspectos Ambientais, Sociais e de Governança nas empresas, e o objetivo é criar lógicas de trabalho mais justas, equilibradas e responsáveis.
A emergência das agendas ganhou espaço, sobretudo, durante e após a pandemia, quando todo o mundo passou por um intenso processo de revisão de modos de operação e se questionou a respeito da longevidade da vida humana.
E o varejo em meio a tudo isso?
O comportamento do consumidor mudou expressivamente ao longo dos anos. Um relatório da Deloitte mostrou que 55% dos consumidores compraram recentemente um produto ou serviço sustentável.
Nesse sentido, e em resposta à crescente demanda por produtos ecologicamente corretos, os varejistas estão tentando se reposicionar para reduzir seu impacto no meio ambiente.
As iniciativas passam pelo combate aos efeitos das mudanças climáticas, à redução do desperdício e à eliminação da pegada de carbono (total de emissões de gases de efeito estufa causadas por uma empresa, expresso em dióxido de carbono equivalente).
Mas, afinal, por onde começar? Quais os caminhos para incluir aspectos de sustentabilidade no varejo?
A seguir, você conhece algumas possibilidades, elencadas no relatório “O futuro do comércio 2023”.
Como incorporar a sustentabilidade à gestão do negócio?
1- Processos mais transparentes e regulamentados
A transformação digital ampliou o universo de pesquisa do consumidor, bem como potencializou seu alcance a informações estratégicas das empresas com as quais interage.
Nesse sentido, cresceu também o interesse do público pela forma como são fabricados os produtos. O objetivo aqui é identificar se a empresa é transparente, cumpre os requisitos ambientais e sociais e oferece, a todos elementos da cadeia produtiva, condições dignas de trabalho.
A consolidação de tecnologias, como o blockchain, torna o monitoramento de processos organizacionais e operacionais mais simples e efetivos.
O Carrefour, por exemplo, usou a tecnologia blockchain para rastrear sua produção de carne, leite e frutas da fazenda à loja. A partir de um QR code que pode ser escaneado de qualquer telefone,o cliente tem acesso a informações sobre onde e quando o produto foi colhido, se contém agrotóxicos etc.
2- Cuidado com os locais de trabalho
As condições de trabalho oferecidas pelas empresas ao seu time interno, bem como aos fornecedores e parceiros, também entram em pauta quando falamos de sustentabilidade no varejo.
As empresas conscientes passam a investir esforços na análise da qualidade de seus locais de trabalho e na forma como eles impactam as comunidades do entorno (sobretudo nos sentidos ambiental e social).
3- Ascensão da economia circular
O varejo gera muito lixo – um problema que só piora. Para você ter uma ideia, a taxa média de retorno do e-commerce é de cerca de 23,44%. Isso significa que uma em cada quatro encomendas é devolvida. Além disso, o desperdício de embalagens também está em alta.
Nesse sentido, a redução do desaproveitamento deve estar no foco de varejistas atentos às demandas de sustentabilidade.
Previsão de demanda de acordo com a sazonalidade e o uso de práticas de economia circular são algumas das alternativas. No segundo modelo citado, a ideia é reutilizar e reciclar materiais existentes na confecção de produtos e insumos no processo produtivo.
4- Otimização das entregas e redução da pegada de carbono
O modelo de vendas online, cujo ápice ocorreu em 2020, com a pandemia do coronavírus, levou ao aumento das emissões de carbono dos veículos de entrega.
Pensando em contornar o crescimento, é importante que as lideranças do setor busquem novos métodos de entrega (como o uso de veículos sustentáveis, como carros elétricos, drones e até bicicletas).
5- Revisão da cadeia de suprimentos
Mudar a forma como os negócios são conduzidos por meio de uma cadeia de suprimentos ética é outra maneira de incluir a sustentabilidade no varejo.
As empresas devem assegurar que seus fornecedores, parceiros e fornecedores mantenham altos padrões de gestão ambiental, fornecimento e condições de trabalho.
6- Uso de dados e IA em favor da sustentabilidade
O uso de dados e tecnologia são um caminho interessante para incorporar a sustentabilidade no varejo.
A Inteligência Artificial, por exemplo, pode desempenhar um papel estratégico na redução das emissões de gases de efeito estufa. Conforme relatado pela PwC UK, a IA poderia reduzir as emissões mundiais dos gases em 4% até 2030.
7- Tecnologia como aliada
Por fim, vale reforçar a importância de manter a tecnologia como aliada da sustentabilidade no varejo.
Além de reduzir gastos com papel (uma vez que sistemas integrados, como o software de CRM — Gestão do Relacionamento com o Cliente — armazenam informações de forma digital em uma só plataforma) e contribuir para uma gestão descentralizada (muitas vezes sem a necessidade de um escritório físico), os sistemas tecnológicos tornam as rotinas mais fluidas e contribuem para a manutenção de um clima organizacional positivo.
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