Varejo online: o que é, como fazer e quais as ações para vender mais?

O varejo online é uma das modalidades de negócio que mais crescem no Brasil e no mundo, atraindo empreendedores de todos os nichos de mercado. 

De fato, segundo dados do relatório da Neotrust, em 2021, o e-commerce brasileiro faturou mais de R$161 bilhões, o que representa um crescimento de 26,9% comparado a 2020, que já havia sido um ano recorde, com um crescimento de 29% de consumidores (novos ou não) no e-commerce.

Mesmo com números tão impressionantes, o crescimento não parece desacelerar: o índice MCC-ENET prevê um aumento de faturamento de 56% do varejo online no Brasil, até 2024.

E é com essa previsão que abrimos nosso artigo sobre o mercado de varejo digital. 

É natural que todos esses índices façam seus olhos brilharem com a possibilidade de aproveitar uma fatia desse faturamento. E de fato você tem boas chances. 

Contudo, para ter sucesso é preciso mais do que criar uma loja e publicar seus produtos. É necessário desenvolver uma estratégia para vencer a concorrência e atrair compradores. E é exatamente sobre isso que vamos falar ao longo deste artigo! 

Reunimos informações importantes sobre como criar seu negócio digital e aumentar vendas no varejo. 

São boas ações um passo a passo prático para gerar os resultados que você espera (e muito mais!), por isso, continue lendo.

O que é varejo online?

O varejo online é uma variação do varejo tradicional, que usa canais digitais para comercializar produtos diretamente com os consumidores finais. 

Entretanto, se engana quem acredita que basta fazer a mesma coisa que se faz nas lojas físicas para ter bons resultados no comércio eletrônico. Na prática, os canais digitais possuem suas próprias características e necessidades.

Antes, todavia, vale a pena relembrarmos o conceito de varejo: um modelo comercial em que toda negociação acontece entre uma empresa e o consumidor final de um produto.

Se comparado ao atacado, estamos falando de um modelo de venda em que o volume de mercadorias negociadas é consideravelmente menor, mas o valor por unidade é maior.

Vantagens do varejo digital: vale a pena investir?       

Abrimos este artigo com uma lista de dados que indicam que o mercado de varejo digital está aquecido. Entretanto, para responder se ele de fato vale a pena, vamos recorrer a mais uma pesquisa, desta vez realizada pela ConQuist Consultoria, que mostra que 71% das pessoas passaram a preferir as compras online após a pandemia do Coronavírus. 

Logo, podemos dizer que sim, vale a pena abrir uma loja virtual e apresentar seus produtos nesse mercado em expansão, e que vem tomando espaço na preferência dos consumidores.

E existem algumas características desse modelo de vendas que também pode ser apontadas como vantagens para os empreendedores, entre elas:

• Custo de abertura reduzido, afinal, não é necessário investir na criação de uma estrutura de loja física, que inclui aluguel e reformas;
• Possibilidade de iniciar seu negócio de casa ou com um um espaço mais simples, como um galpão;
• Setor em expansão, já falamos bastante sobre essa vantagem, não é mesmo?;
• Fim as barreiras geográficas e possibilidade de vender para todo o território nacional, em alguns casos internacional;
• Aumento do público em potencial, especialmente, devido a possibilidade de venda para qualquer região do Brasil;
• Sua loja fica aberta 24 horas por dia nos sete dias da semana: você nunca deixa de vender;
• Facilidade para integração com outros canais de venda tais como WhatsApp, Instagram Shopping, marketplaces e mais;
• Variedade de estoque, algumas opções de comércio eletrônico permitem que você experimente centenas de produtos e tenha um portfólio completo, sem precisar de grandes investimentos, como é o caso do dropshipping, modelo sobre o qual ainda falaremos neste artigo. 

Leia também: 7 tendências do varejo que impactam o atendimento ao cliente

Como fazer um varejo online?

Ficou convencido de que iniciar um negócio digital pode ser uma boa opção para você?  Então vamos ao passo a passo de como fazer varejo online.

A seguir, organizamos um checklist do que você deve fazer para criar um e-commerce e começar a fazer vendas usando este canal.

Ainda neste artigo também vamos explorar outras formas de comercializar produtos online, como o marketplace e dropshipping. Então continue lendo e anote nossas sugestões. 

1. Escolha uma plataforma de e-commerce profissional

O primeiro passo para ter um e-commerce é escolher uma boa plataforma que vai permitir a criação simplificada da loja, ao mesmo tempo que irá oferecer os recursos necessários para otimizar seus resultados.

A boa notícia é que, atualmente, você não precisa recorrer a um programador ou desenvolvedor. Existem várias opções de plataformas que oferecem um sistema simples para colocar e manter a sua loja no ar, sem que você precise recorrer a esses profissionais.

Tudo pode ser feito por você mesmo e começa com a contratação de um plano de hospedagem e criação da loja.

Geralmente, esses planos são no modelo de assinatura. Você paga mensalmente um valor para manter sua loja no ar e ter acesso a benefícios como aplicativos para otimizar o processo de venda, e mais.

Cada canal vai oferecer seu próprio conjunto de funcionalidades. Mas, não se assuste os valores praticados por essas plataformas, geralmente, são bem mais baixos do que a criação de um site do zero. 

 Entre as principais plataforma para e-commerce do mercado atual estão:

• Shopify, 
• Nuvemshop,
• Woocommerce, 
• Loja Integrada, entre outras. 

Compare cada uma, escolha seu plano de contratação e monte a sua loja.

2. Defina o nicho de mercado

O nicho de mercado é o setor em que a loja irá atuar, entre os principais estão:

• tecnologia, 
• vestuário, 
• produtos infantis, 
• pet, 
• higiene e beleza, entre outros. 

A definição dessa etapa irá impactar todo o restante, incluindo o nome da sua loja, o layout e a aparência.

Como você deve imaginar, é uma escolha muito importante, porque vai direcionar quais produtos serão vendidos e qual público será atraído.

3. Crie o nome e a identidade visual

Agora sim, defina o nome e a identificação visual, composta pela logomarca, as cores e as fontes que serão usadas por você ao montar o site. 

Lembre-se que as plataformas de e-commerce que listamos acima permitem que você personalize todas as páginas do e-commerce, para que ele tenha a cara da sua marca e transmita segurança e profissionalismo aos clientes que acessarem o canal.

O Canva é um site gratuito que facilita a criação da logomarca e de todos os elementos visuais que você vai precisar. Então acesse ou contrate um designer para essa etapa. 

4. Selecione os produtos 

Sem produtos não há venda, não é mesmo? Então agora é hora de escolher quais serão as mercadorias que vão fazer parte do seu portfólio.

Caso você não vá produzir os produtos que serão vendidos em sua loja, será necessário encontrar bons fornecedores, com produtos de qualidade, e que tenham o perfil do consumidor da sua empresa. 

Para entender  como definir o perfil do cliente ideal da sua loja, leia o artigo, “O que é buyer persona e a importância no atendimento ao cliente”. 

Lembre-se de montar um estoque com variação de tamanhos, cores e opções de produtos. 

Uma sugestão é investir também em itens que complementam a compra principal. Por exemplo, imagine que você tem uma loja virtual de vestuário masculino. Incluir itens como bonés, cintos e carteiras, é uma forma inteligente de oferecer produtos de menor valor, que vão complementar uma compra e aumentar o ticket médio. 

5. Atenção à escolha do gateway de pagamento

O gateway de pagamento é o sistema que irá processar as transações financeiras dentro da sua plataforma de vendas.

Você também encontra soluções prontas no mercado para integrar à sua loja, entre as mais conhecidas estão:

• PagSeguro, 
• MercadoPago,
• PayPal.

Lembre-se que o processamento de pagamento é uma etapa muito importante do seu negócio e deve oferecer segurança para você e para os seus clientes, por isso, aposte em soluções conhecidas e respeitadas, para ter menos dor de cabeça. 

6. Garanta uma entrega eficiente e personalizada

Com a loja criada, produtos escolhidos e cadastrados é hora de pensar na logística de entrega das mercadorias, quando elas começarem a ser vendidas.

O frete é um elemento muito importante do comércio virtual, porque a venda só termina quando o consumidor recebe o produto e tem o contato pessoal com ele.

Os Correios oferecem boas opções para lojistas virtuais, e também existem várias alternativas de transportadoras. 

Faça uma cotação com diferentes prestadores de serviço para entender qual oferece o melhor custo benefício. 

Fique atento porque o valor do frete pode ser tornar um impeditivo para a compra, caso seja muito alto. O mesmo acontece com o prazo de entrega, garanta que ele seja competitivo.

Dica: o Mercado Envios é uma solução de frete que surge como uma opção interessante para quem está começando 

7. Integre seus estoques

Caso você já tenha uma loja física ou outros canais de venda, é interessante que você opte por soluções que integrem as informações e as atualize. 

Dados como o volume de cada mercadoria em estoque, devem ser atualizadas em tempo real em todos os sistemas, garantindo que não haverá problemas, como a venda de um produto que já não existe mais do estoque. 

Esse tipo de contratempo pode causar uma má impressão aos seus consumidores, demonstrando amadorismos ou falta de segurança. 

Resumindo, para fazer um varejo online, é fundamental que você cumpra as seguintes etapas:

1. Escolha uma plataforma de e-commerce profissional
2. Defina o nicho de mercado
3. Crie o nome e a identidade visual
4. Selecione os produtos 
5. Atenção à escolha do gateway de pagamento
6. Garanta uma entrega eficiente e personalizada
7. Integre seus estoques

Leia também: Integração e-commerce: o que é, como funciona e quais as suas vantagens no atendimento ao cliente

Outras opções para vender online

Ter uma loja virtual tradicional é um dos métodos mais comuns de varejo online, entretanto, não é o único. Outras duas opções de estratégias de vendas no varejo são o marketplace e o dropshipping.

Marketplace

Marketplace é uma plataforma que atrai um grande volume de clientes e permite que outros lojistas cadastrem seus produtos e façam vendas. Em troca, é necessário o pagamento de uma taxa sobre cada venda, que funciona como uma comissão. 

Por outro lado, o lojista não precisa investir em marketing, afinal, isso faz parte das obrigações do canal de venda.

Entre os principais marketplaces do mercado estão:

• Mercado Livre, 
• Amazon, 
• Magazine Luiza, 
• Americanas.com e mais. 

O grande benefício de cadastrar seus produtos em um canal como este é aproveitar o volume de visitantes que eles atraem. 

Logo, sem investir em marketing, você consegue apresentar suas mercadorias para milhares de clientes em potencial, que estão em busca de itens similares aos seus.

Toda a transação de compra e venda é feita dentro dessas plataformas, o que também reduz a sua preocupação com essa etapa. 

A entrega, entretanto, é feita por você, basta enviar o produto aos compradores.

Cada marketplace tem suas próprias regras, por isso acesse cada um deles e entenda como proceder. 

Você pode ter, ao mesmo tempo, uma loja própria e vender em um marketplace. Também é possível comercializar suas mercadorias em mais de um marketplace. 

Dropshipping

Dropshipping é um tipo de venda online sem estoque. Você vai precisar criar a sua loja do zero, como em um e-commerce tradicional, mas não vai comprar os produtos e montar um estoque. 

Quando você fizer uma venda, o pedido será encaminhado ao fornecedor, que tem os produtos em estoque. É  ele quem irá realizar a separação do produto e o envio da mercadoria diretamente para o cliente que realizou a compra.

Fonte: Jivochat

Sem a necessidade de montar um estoque, os custos do negócio são reduzidos, bem como os riscos envolvidos na criação da sua loja. 

Você também pode incluir mais produtos, fazendo testes sobre quais performam melhor.

Nada disso, entretanto, impacta na sua capacidade de investimento, afinal, o pagamento dos fornecedores é feito sob-demanda. Em outras palavras, você só paga pela mercadoria, quando um cliente entrar na sua loja e concluir um pedido.

Essa é uma excelente opção do varejo online para quem quer começar, mas tem medo ou conta com pouco capital inicial.

Como aumentar vendas no varejo online?

Tudo isso vai te ajudar a ter um varejo online eficiente, mas não significa que você terá boas vendas. Para isso, algumas práticas são indispensáveis.

A seguir, organizamos uma lista de ações para aumentar as vendas no varejo e alcançar o sucesso. Com elas suas taxas de conversão tendem a aumentar e gerar mais lucro. Confira!

Invista em anúncios 

Os anúncios pagos estão entre as estratégias de vendas no varejo obrigatórias para empreendedores. Elas levam seus produtos para consumidores e apresentam sua loja.

Além disso, é possível segmentar o público que será impactado por suas campanhas definindo:

• localização, 
• idade,
• gênero, 
• comportamentos, 
• interesses e mais. 

Na lista de canais de anúncios que você deve considerar para sua loja estão:

• Remarketing,
• Google Ads,
• Google Shopping,
• Instagram Ads,
• Facebook Ads,
• SEO para e-commerce,
• Redes sociais.

Ofereça um excelente checkout

No Brasil, a taxa de abandono de carrinhos é de 82%, segundo o E-Commerce Radar.

Ter um processo de checkout complexo é uma das principais razões para isso. Logo, para aumentar as taxas de venda é fundamental que você ofereça um checkout simplificado.

Consumidores que chegam a montar um carrinho de compras, estão nas etapas finais da jornada de compra, não perca a chance de converte-los por pedir dados demais na conclusão de um pedido. 

Lembre-se também de usar o e-mail marketing e SMS para recuperar carrinhos que foram abandonados, incentivando os consumidores a voltarem. 

Crie campanhas de marketing 

Além dos anúncios pagos, outras ações de marketing precisam estar em seu plano de ação para atrair compradores, entre elas: 

• E-mail marketing,
• Redes sociais,
• SEO para e-commerce,
• Geração de leads, e mais. 

Conheça mais sobre cada uma delas no artigo “Estratégias para melhorar o marketing digital para vendas” e entenda como e porque usar. 

Diversifique os canais de venda

Para aumentar as conversões no varejo você deve investir na diversificação dos canais de venda. Como falamos acima, é possível vender na sua loja e em marketplaces, o que já contribui para a distribuição de seus produtos e aumento do público impactado por ele.

Além disso, considere outras opções como:

• vender pelo WhatsApp,
• apresentar suas mercadorias no Instagram Shopping e Facebook Shopping,
• criar aplicativo de venda próprio e mais. 

Ao diversificar os canais de aquisição do cliente, você coloca sua marca onde seu cliente está. Essa é uma das formas de aproveitar os benefícios da estratégia de omnichannel para vendas. 

De acordo com uma pesquisa divulgada na Harvard Business Review, 73% dos clientes utilizam mais de um canal durante sua jornada do consumidor. Ao apostar no omnichannel você usa esses canais e participa do processo de decisão de compra dos clientes, tudo isso de forma integrada.

Invista em um poderoso pós-venda

Ações de pós-venda são muito importantes para que você mantenha por perto os consumidores que já compraram seus produtos. 

Uma vez que eles já conhecem sua mercadoria e sua empresa, é muito mais fácil que eles façam uma nova compra.

Para aproveitar esse potencial use canais de comunicação como e-mail, SMS e WhatsApp. 

Compartilhe novidades, ofertas, produtos e envie mensagens em datas especiais. 

Esteja atento para compartilhar conteúdos relevantes para cada comprador, segmentando o que será falado.

Considere, por exemplo, as mercadorias que foram compradas anteriormente, para selecionar o tipo de produto que será apresentado a cada cliente. 

Varejo híbrido: integração entre digital e físico

Outra forma de iniciar o varejo online é como expansão de um negócio físico. Nesses casos damos o nome de varejo híbrido.

Nessa modalidade de comércio a integração entre sistemas, como o de controle de estoque e financeiro, é vital para o sucesso da empreitada.

Também conhecido como varejo phygital, essa integração entre canais online e offline é uma das tendências para o futuro do e-commerce e propõe a integração total entre canais de comércio.

Também é possível incluir outras plataformas de venda online como os que apresentamos aqui, entre eles os marketplaces. 

Em suma, o varejo híbrido é aquele que conta com mais de um canal de vendas, garantindo a integração entre eles e priorizando a experiência do consumidor. 

CRM de vendas e atendimento no varejo

Investir no varejo online faz com que a tecnologia se torne uma característica inerente da sua empresa, todavia, não é só no canal de venda que ela deve ser trabalhada. 

Toda a gestão da empresa precisa ser pensada com suporte de ferramentas que vão contribuir para a otimização de processo, análise de dados e execução de tarefas de forma automatizada, na busca por melhores resultados de conversão e eficiência de gestão.

A Zendesk oferece a tecnologia de um CRM para varejo que permite que você otimize a experiência de seus clientes com a sua marca, em diferentes pontos de contato, isso inclui suporte, canais de venda físicos e digitais.

Magalu, C&A, Privalia, GoCase são alguns de nossos clientes que já aproveitam as soluções disponíveis como o acesso a perfis de compra completos, sobre cada consumidor, permitindo que você conheça melhor cada um deles e haja de forma estratégica no processo comercial.

Acesse nossa página, inicie uma avaliação gratuita e conheça mais sobre nossos recursos para a venda no varejo.